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Perdemos…
A péssima campanha do JAC já não agrada nem o torcedor mais fanático. O time vem desacreditado desde o fenômeno “Valcir Rebelatto” que passou pelo clube deixando um rastro de destruição. Não estou falando do Rebelatto técnico. Falo do Rebelatto agiota e empresário de jogadores. Que permaneceu por aqui enquanto o JAC lhe devia alguns contos de réis.
Entre diretores e torcedores com algum acesso dentro do time, a conversa não é nenhum segredo. O JAC passa por dificuldades financeiras desde que voltou a existir. Esta é a triste realidade do futebol profissional da segunda divisão catarinense. Para um clube que já não tem mais crédito na praça, que já apelou a agiotas no passado, que acumulou uma dívida de R$ 87 mil em 2010, não existe melhor forma de se manter além de ceder seus documentos para que uma empresa terceirizada venha e assuma a sua vaga no campeonato.
Está em campo o Gol de Ouro Futebol Clube. Uma equipe itinerante, que não joga pela camisa, mas pelo DINHEIRO. Pouco dinheiro, diga-se de passagem, mas somente por este objetivo.
Em 6 rodadas, o GDO FC conseguiu varrer pra baixo de um assombroso tapete, toda a tradição do valente Joaçaba Atlético Clube ao longo de 14 anos. Perdemos muito, e faço questão de listar nossas perdas, abaixo, em ordem cronológica.
_ PERDEMOS A TRADIÇÃO ao abrir as pernas para uma empresa administrar nosso futebol.
_ PERDEMOS A IDENTIDADE ao ter nosso escudo substituido por um cachorro fantasiado de leão.
_ PERDEMOS O TATÁ, talvez o maior “estrangeiro” que pelo JAC já passou ao longo dos anos.
_ PERDEMOS PARTIDAS de forma vergonhosa, dentro de casa, sem acertar um mísero chute durante toda o jogo.
_ PERDEMOS A PACIÊNCIA com um time fraco, sem garra, sem qualidades e sem criatividade em campo.
_ PERDEMOS O APOIO DO EMPRESÁRIO, que mesmo sendo poucos nesses anos, hoje não existe uma placa sequer no Estádio. A Unimed que era um grande parceiro, hoje apenas paga a cota de patrocínio das camisas, desistindo das transmissões de rádio e das ações no Estádio. Restam poucos patrocinadores, a maioria em forma de permuta, no caso de um supermercado da cidade que troca alimentos por uma placa que nunca foi pintada na parede do Silveirão.
_ PERDEMOS O APOIO DA IMPRENSA. O último jogo em Palhoça mostrou duas rádios completamente desacreditadas com o time. Na Catarinense, nada de transmissão. Na Nova Líder, uma transmissão terceirizada e de péssima qualidade. Reflexo da baixíssima audiência e da clara falta de patrocinadores para a transmissão.
_ PERDEMOS A ESPERANÇA, pois em um time laboratório não existem contratações. O JAC não tem sequer reservas e assim será até o final do campeonato (se é que o time existirá até lá). É claro o desinteresse da GDO na contratação de atletas, pois a empresa só ganha ao REVELAR algum. Nossa última esperança é o pequeno rapaz de aproximadamente 7 anos, que fica brincando com a bola no pé da arquibancada durante os jogos no Da Nova, e acerta mais passes que o tal Diego Acosta.
E se tudo continuar desta forma, nossos governantes terão inúmeros motivos para executar uma das principais obras planejadas para o futuro no nosso município:
PERDEREMOS O ESTÁDIO para a construção de um Parque Municipal.